Jack Dorsey deixou na semana passada o continente, em Adis Abeba, Etiópia, afirmando-se "triste" por ter de ir embora, mas garantiu de imediato que vai voltar em 2020 e por, pelo menos, um período de seis meses "ou mais".

A importância desta decisão é, segundo analistas, importante para o continente, porque Jack Dorsey é uma espécie de "guro" para o sector das tecnologias de comunicações e é visto como um fazedor de destinos para o investimento internacional nestas áreas.

"Estou triste por ter de deixar o continente, por agora. África vai definir o futuro, especialmente o futuro das bitcoins (uma criptomoeda - ou moeda digital - que tem crescido em importância e volume de utilização como nenhuma outra)", disse num tweet escrito a partir da capital etíope.

Para já, Dorsey ainda não sabe onde vai residir por um período de até seis meses em África, o que permite aos países do continente com mais apetência por encontrar neste universo uma possibilidade de definir um novo rumo para o seu desenvolvimento, lançarem o... "isco", em forma de tweet.

Nesta sua primeira visita a África, Jack Dorsey esteve na Etiópia, na Nigéria, no Gana e na África do Sul, tendo chegado ao continente a 8 de Novembro, como relatam as agências, tendo dedicado parte substancial da sua atenção às startups - empresas inovadoras em sectores específicos da economia - e investidores potencialmente interessantes para o seu universo de investimentos.

Segundo fez saber o CEO do Twitter, o continente africano apresenta um interessante e rápido crescimento na indústria de tecnologia, especialmente em países como a Nigéria, a África do Sul e o Ruanda.

Inicialmente este tour africano de Jack Dorsey, que fundou esta rede social em 2006, nos EUA, com Noah Glass, Evan Williams e Biz Stone, surgiu por necessidade de contrabalançar o crescente peso das críticas aos gigantes mundiais das redes sociais por causa das suas políticas permissivas a ataques de natureza rácica, de ódio político e xenófobo, tendo o Twitter dado um passo à frente dos outros, como o Facebook, ao acabar com a publicidade política.