O jornal The Namibian, num trabalho feito pela sua unidade de investigação, revela que o Presidente Hage Geingob e a sua "entourage" de 90 pessoas, incluindo ministros e elementos do seu "staff", onde consta a primeira-dama, numa deslocação à capital francesa, rejeitou oito propostas de acomodação feitas pelas autoridades francesas por não serem de classe considerada suficiente.
Depois de terem sido rejeitados quatro hotéis na capital francesa, Paris, para acomodar a delegação namibiana, gerando, segundo o jornal namibiano, desconforto entre o protocolo francês, foram indicados outros, desta vez de cinco estrelas.
Mas nenhum pareceu encaixar nas luxuosas exigências da Presidência namibiana, que acabou por impor aos funcionários do Governo gaulês, que tinham como missão responder às exigências de Geingob, uma unidade hoteleira que é, nem mais nem menos, que uma das mais caras do mundo, com custos por noite que podem chegar aos 25 mil dólares norte-americanos.
O The Namibian refere mesmo que foi grande a frustração causada nos elementos que acolheram a delegação de 90 pessoas que acompanhou Geingog nesta deslocação, tendo já este períplo começado mal, em Londres, onde também aí a escolha recaiu num dos mais caros hotéis da cidade britânica.
Mas foi em Paris que a discrepância entre um Geingob prudente e modesto de Nova Iorque, onde causou muito boa impressão, e o Geingog "parisiense", onde nada parecia ser suficientemente luxuoso para sua acomodação, até que surgiu o hotel George V, o tal com suites híper-luxuosas e... híper-caras.
A atitude de Hage Geingob em Nova Iorque foi de tal modo apreciada que surgiu contada em jornais de todo o mundo, incluindo no Online do Novo Jornal, onde foi das notícias mais partilhadas de sempre na sua página de Facebook... Mas parece que se tratou de "outro" Geingob...
Inicialmente, o "staff" de Hage Geingob rejeitou a proposta do protocolo francês para que ficassem num destes hotéis, que são onde os ministros franceses ficam quando necessário ou delegações estrangeiras: Hotel Maurice, Intercontinental Hotel, Sofitel e o Raphael Hotel.
Mas parece que para a Presidência namibiana faltava-lhes luxo. Foi apresentada então outra lista, desta feita hotéis de cinco estrelas e dos mais requintados de Paris: Hotel Bristol, Shangri-La (este a menos de 700 metros da Torre Eiffel), Regina e Hotel Napoleon. Também nenhum deles serviu.
Até que surgiu no "radar" da exigente comitiva namibiana o nome do Four Seasons Hotel George V, a cerca de 1,8 km"s da Torre Eiffel e onde ficam os "Vips" de todo o mundo, incluindo estrelas de cinema e multimilionários, gente que pode pagar 25 mil USD/noite.
O jornal namibiano não conseguiu saber quantos elementos da comitiva ficaram no George V, nem se a conta foi paga pelo protocolo francês ou pelo tesouro namibiano.
Certo e seguro é que o Gorge V (25 mil USD/noite) é mais caro que o Waldorf Astoria (10 mil USD/noite), em Nova Iorque, onde Hage Geingob recusou pernoitar por achar que era muito caro, quando, em Setembro e Outubro, esteve nos EUA para participar na AG da ONU e num fórum económico internacional.