No mês de Maio, o Tribunal Constitucional (TC) anulou o II Congresso Extraordinário da FNLA, convocado pelo presidente Lucas Ngonda, e que teve lugar de 25 a 27 de Junho de 2018, na cidade do Huambo, por irregularidades jurídico-estatutárias.

"As negociações foram acordadas pelas partes. Não queremos criar falsas expectativas. Queremos alimentar a esperança e a ideia de que traremos boas notícias para os nossos militantes", disse ao NJOline uma fonte do partido salientando que diante dos problemas que o partido vive há 20 anos, nada se pode fazer sem a união de todos os militantes.

Para a fonte, a FNLA é um partido histórico corre o risco de desaparecer e, por isso, é dever dos membros desavindos salvarem a organização.

"Nas eleições gerais em Angola a FNLA tem vindo a ter menos votos e deixou de ser um actor político relevante. Nesta legislatura apenas temos um deputado. Não podemos continuar assim", lamentou a fonte.

Recorde-se que a crise interna na FNLA teve início em finais de 1999, quando a facção liderada por Lucas Ngonda realizou um congresso que nunca foi reconhecido pelo falecido Holden Roberto, o líder histórico do partido.

O acordo previa a realização de um congresso em 10 meses, prazo que não foi cumprido por Holden Roberto, alegando falta de condições financeiras, o que levou a uma nova divisão interna, que ainda hoje se mantém.