"Estes dois líderes também jogaram um papel preponderante na libertação de Angola do jugo colonial português", defendeu a deputada da UNITA Mihaela Webba.

A deputada fez essa exigência durante a plenária que aprovou hoje, na especialidade, o projecto de Lei dos Postos e Distintivos Militares, que passou com 182 votos à favor e nenhum contra.

"Ao promovermos essas duas figuras históricas, estamos a contribuir para o processo de reconciliação nacional em curso no nosso País", acrescentou a deputada.

O presidente da FNLA, Lucas Ngonda, disse também que a não promoção de Jonas Savimbi e Holden Roberto, a título póstumo, ao grau militar de general de Exército "é um erro histórico".

"Foram valorosos combatentes e comandantes da luta de libertação de Angola. Esquecer estes homens é um erro grave na história de Angola", defendeu Lucas Ngonda.

A Assembleia Nacional aprovou hoje a proposta de Lei Geral do Serviço Militar, a Lei das Carreiras dos Militares e a Lei das Condecorações Militares com 176 votos respectivamente e nenhum contra e sem abstenções.

Recorda-se que o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto (na foto, ladeado por Savimbi e Holden Robertp, à direita), foi promovido no mês de Março, a título póstumo, ao grau militar de general de Exército, em decisão tomada pelo Conselho de Segurança Nacional.

A decisão foi tomada em Conselho de Segurança Nacional que reuniu sob orientação do Presidente da República e Comandante-Em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), João Lourenço.

António Agostinho Neto nasceu na localidade de Icolo e Bengo a 17 de Setembro de 1922. A 11 de Novembro de 1975 proclamou a independência de Angola e, na sequência, tornou-se no primeiro Presidente da República.

Médico, escritor e político, Agostinho Neto faleceu na cidade de Moscovo, a 10 de Setembro de 1979, vítima de doença.

Já Jonas Savimbi, nascido em 1934, no Munhando, Bié, foi morto em combate a 22 de Fevereiro de 2002, perto de Lucusse, na província do Moxico, após uma longa perseguição efectuada pelas Forças Armadas Angolanas. Tinha 67 anos.

O líder historio da FNLA, Álvaro Holden Roberto, faleceu em 2007, em Luanda, depois de um longo período de doença, na sua residência, aos 84 anos.