O grupo de activistas angolanos que organiza a manifestação anunciou esta quarta-feira, 23, que fez a entrega ao Governo Provincial de Luanda (GPL) da carta em que informa sobre a realização da manifestação que, assegura, será pacífica e ordeira.
O grupo denominado "sociedade civil contestatária" garante que a rota da manifestação será feita entre a Avenida Deolinda Rodrigues, passando pelo supermercado Jumbo, e a zona do 1º de Maio, com chegada marcada para o Largo do Soweto.
A organização reafirma que os manifestantes vão marchar contra o aumento dos preços do táxi e do combustível, e exigir a libertação do activista Osvaldo Caholo, detido em casa, no passado sábado, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) por indícios de incitação à violência, rebelião e apologia pública de crime.
Segundo a organização da manifestação, o protesto é legal e os manifestantes não irão aceitar que o percurso traçado seja desviado, por isso pedem a colaboração das autoridades policiais para a garantia da segurança e do normal decurso deste direito de cidadania.
Importa lembrar que esta organização convocou e realizou a manifestação do passado dia 12, do Mercado do São Paulo até as imediações do 1º de Maio, quando foi impedida pela Polícia Nacional que usou a força de intervenção rápida para dispersar os manifestantes que tinham como destino o Largo da Maianga, como noticiou a ocasião o Novo Jornal.
Esta é a terceira manifestação desde que, a 6 deste mês, foi anunciada pelo Governo a subida das tarifas dos transportes devido ao aumento do preço do gasóleo.