Mais de sete em cada 10 angolanos (71,4% da população) não conseguiram ter acesso a uma dieta saudável no ano passado, o que corresponde a mais de 27 milhões de habitantes. Essa é a conclusão do mais recente relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI) 2025", que aponta para uma tendência crescente na proporção de angolanos incapazes de custear uma alimentação adequada. Este valor [71,4%] representa um aumento contínuo desde 2017, quando a percentagem era de 60,7%, tendo aumentado para 64,2%, em 2019. Em 2021, a percentagem de angolanos que não conseguiu arcar com os custos de uma dieta saudável foi de 69,8%, número que disparou para 70,8%, em 2023.

De acordo com o documento consultado pelo Novo Jornal, no ano passado, a subnutrição no País atingiu 22,5% da população (8,3 milhões de pessoas). As consequências dessa inacessibilidade são evidentes: a prevalência de crianças menores de cinco anos afectadas pela falta de alimentos cresceu de 1,5 milhões para três milhões entre 2012 e 2024, agravando o quadro da desnutrição no País, que, de acordo com os dados do próprio Governo, disparou de 38% em 2015-2016 para 40% em 2023-2024.

Ao contrário dos anos anteriores, desta vez, o relatório não apresenta dados sobre a prevalência de insegurança alimentar, seja severa ou moderada, na população total em Angola.

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