Em mais um 27 de Março, Dia Mundial do Teatro, data que se celebra todos os anos desde 1961, actores, encenadores e directores de companhia revelam ao Novo Jornal as inúmeras dificuldades por que passam no País, numa lista liderada pela falta de salas e de políticas públicas de incentivo a essa arte.

Por exemplo, Adelino Caracol, que lidera a Associação Angolana de Teatro (AAT) e é, igualmente, o director da companhia de teatro Horizonte Njinga Mbandi, queixa-se do "enorme retrocesso" resultante da Covid-19 e apela a que o Estado "olhe rapidamente para o problema das infra-estruturas", com vista a permitir o surgimento e a solidez de mais grupos teatrais.

Caracol, que defende a criação de "um fundo específico" ao qual os grupos teatrais teriam acesso mediante pequenos concursos públicos, admite estar hoje a viver num misto de nostalgia e esperança, dividindo-se entre a saudade do tempo em que pensava que "o teatro daria, finalmente, aquele boom" e a expectativa de ver os actuais responsáveis pela Cultura despertarem para os "benefícios" que recairiam para o Estado caso se criassem condições para "uma maior profissionalização dos grupos".

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