Com pouco mais de cinco milhões de toneladas de petróleo despachadas, a Arábia Saudita recuperou o topo da lista dos fornecedores da China, lugar que já não ocupava desde Janeiro de 2016, conseguindo em Janeiro deste ano mais 18,9 por cento comparativamente a igual mês do ano passado.
Estes números, retirados dos dados fornecidos pela Direcção Geral das Alfandegas da China, são mais expressivos pelo lado financeiro, tendo a China gasto 1, 97 mil milhões de dólares com petróleo saudita, o que representa quase mais 57 por cento que em Janeiro de 2016.
A discrepância é resultado do aumento do preço do barril, que passou da casa dos 20 USD para cerca de 50 no primeiro mês deste ano, com semelhante proporcionalidade no preço da tonelada importada pela China..
Mas também Angola brilhou mais que a Rússia no mercado petrolífero chinês, tendo vendido 4,95 milhões de toneladas em Janeiro deste ano, mais 63,5 por cento que no mesmo mês de 2016
O bom sinal para a economia global e, em particular para a China e seus fornecedores principais de crude, é que a Rússia, que liderou a lista em 2016, também aumentou as suas exportações para o gigante asiático em mais de 36 por cento, comparativamente, para as 4, 59 milhões de toneladas em Janeiro.
Expectável é também que as importações chinesas, segundo a imprensa da especialidade, percam gás nos próximos meses, devido às calendarizadas operações de manutenção das refinarias chinesas, esperando-se que retomem o pico agora alcançado com o decorrer do ano, a partir de Julho/Julho.
Estes números das importações de petróleo por parte da China assumem ainda mais importância porque, segundo os analistas, não chocam com as reduções na produção assumidas pelos três maiores fornecedores da China - Arábia Saudita, Angola e Rússia - no âmbito dos acordos da OPEP para fazerem subir os preços do petróleo nos mercados internacionais, onde Angola se comprometeu a cortar 78 mil barris/dia à sua produção.