A análise resulta dos dados da unidade de estatística (EIA) do Departamento de Energia norte-americano, compilados pela agência Lusa.
De acordo com este levantamento, o pico das compras norte-americanas em 2017 aconteceu na primeira semana do ano, com uma média de 142.000 barris por dia, valor que despencou, logo na semana seguinte, para os 22.000 barris diários.
A tendência de queda acentuou-se em Fevereiro, mês em que os americanos estiveram três semanas sem adquirir uma única gota de crude angolano.
Em sentido inverso, a Nigéria, que concorre com a Angola como principal fornecedor africano de petróleo aos EUA, garantiu nas primeiras 11 semanas do ano vendas médias equivalentes a 266.000 barris de crude por dia.
O corte nas compras de petróleo angolano pelos EUA contrasta com a evolução verificada em 2016, quando, nos primeiros cinco meses do ano, os norte-americanos adquiriram cerca de 173.000 barris de crude por dia, equivalente a mais de 10% da produção angolana da altura, que era de cerca de 1,7 milhões de barris diários.
Agora com uma produção inferior - de 1,6 milhões de barris por dia, na sequência dos cortes acordados na OPEP -, as compras americanas equivalem a pouco mais de 3% da produção petrolífera nacional.