Os edifícios dos "Três poderes" em Brasília foram na tarde deste Domingo, 08, invadidos por milhares de apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de "nazistas" e "bárbaros".
"A democracia garante o direito à liberdade, mas também exige o respeito às instituições", disse Lula da Silva, sublinhando que ninguém saíra "impune" desde "dia sem paralelo" na história do Brasil, "seja quem esteve presente, seja aqueles que estiveram por detrás a financiar e a organizar este "momento vergonhoso".
"Esses Vandalos, nazistas fanáticos, fizeram o que nunca foi feito na história deste país", lembrou Lula da Silva, que aproveitou para classifidar o anterior Presidente como a figura central deste "episódio triste na história do Brasil"
"Vamos descobrir quem são os financiadores destes vândalos e todos eles vão pagar com a força da lei", repetiu Lula numa conferência de imprensa improvisada a partir do interior do estado de São Paulo, onde estava a acompanhar a situação de catástrofe provocada pelas chuvas, e que foi transmitida pela Band News.
O decreto, que será aprovado no Congresso em 24 horas, no máximo, que assinou tem uma grande abrangência de possibilidades para as autoridades usarem todas as ferramentas legais existentes no Estado para repor a normalidade na capital brasileira e na Esplanada dos Ministérios, onde cerca das 15:00, perto das 07:00 em Luanda, milhares de manifestantes apoiantes radicais de Bolsonaro invadiram os principais edifícios-sede do Governo do país.
Lula disse que vai garantir que "nunca mais acontecerá nada deste género no Brasil".
Entretanto, segundo os media brasileiros, começaram a ser difundidas informações sobre problemas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, provocados por apoiantes de BOlsonaro, com corte de estradas e invasão de edifícios públicos.
De todo o mundo começaram a surgir manifestações de solidariedade ao Governo do Presidente Lula da Silva.
PR angolano solidário com Governo de Lula
Uma das reacções foi a do Presidente da República, João Lourenço, que, também na qualidade de líder actual da CPLP expressou "a mais vigorosa e firme condenação aos actos anti-democráticos" praticados no Brasil "contra instituições que representam e simbolizam a Democracia brasileira".
"Consideramos estas manifestações lamentáveis e reveladoras de um elevado grau de intolerância não compatível com as regras do jogo democrático, em que os resultados legitimados pelo voto popular devem ser reconhecidos e aceites por todos", diz o Chefe de Estado angolano nesta posição divulgada na sua página oficial no Facebook.
"As eleições recentemente realizadas no Brasil foram reconhecidas mundialmente como livres, justas e transparentes, não fazendo assim qualquer sentido as reivindicações actuais", notou e acrescentou a sua convicção de que o Governo brasileiro, com o qual garante estar solidário, "exerça a sua autoridade e reponha sem demora a ordem democrática no país"