Cada adulto tem o seu cubico, num bairro porreiro, com todas as condições básicas - água, luz, saneamento básico, organização urbanística, ruas largas e asfaltadas, arborização (mistura de árvores de fruta) e zonas verdes bastante saudáveis. Infraestruturas sociais de acordo com o número de moradores por área. Os serviços públicos também estão fixes, transportes, telecomunicações, etc. o sistema já não cai, aprendeu a se defender. As camas nos hospitais, centros e postos de saúde são tantas que até procuram pacientes, tal como os medicamentos, porque desde que se começou a apostar na prevenção e acompanhamento familiar que as doenças passaram à história. A malária que mais bondava hoje é contada em estórias para amedrontar putos: "era uma vez, uma doença muita má, chamada malária...". Houve também uma aposta séria na formação de quadros para várias áreas do saber e do fazer bem, a partir do ensino de base, passando pelo médio, profissional até ao superior. Os níveis de excelência dos formados causava admiração por outras bandas que enviavam especialistas para aprender como é que faziam bem, qual era o segredo e a fórmula.

A média era de 25 alunos por turma e o acompanhamento era muito fixe, todas as salas tinham tecto, portas, janelas, carteiras e outras condições essenciais para que o processo de ensino-aprendizagem fosse excelente. Os professores eram bem formados, a avaliação deles era regular e exigente, e sempre que se detectasse alguma deficiência com algum, o mesmo passava por uma formação para melhorar. As aulas práticas eram normais, haviam laboratórios funcionais, campos desportivos multiusos, ginásios, ... o desporto escolar, por exemplo, era hibrido, seguia os padrões norte-americano e alemão e os frutos eram visíveis e celebrados em cada medalha continental, olímpica e mundial conquistada. A cultura era um dos maiores exemplos de valorização, havia uma aposta muito forte para a transmissão adequada e continua das línguas, danças, canções, hábitos e costumes às gerações mais novas.

Resultado da boa formação académica e ética, o respeito tornou-se normal, a corrupção sumiu, os empregos eram anduta com salários de verdade e não da pimpa, porque se tornou simples tratar documentos e legalizar empresas e negócios, tal como ficou simplificado o acesso ao crédito para negócios com o devido acompanhamento na altura da aplicação. A produção interna era variada e muito forte, não apenas no primeiro sector produtivo, mas em toda a cadeia, tanto que até na transformação e nos serviços os números eram animadores, tanto que inclinavam a balança comercial, havendo mais exportação real do que importação. Assim a fome era parte do passado, havia uma celebração famosa, o "dia da fome", em que todos os titulares de cargos em entes públicos (directos ou indirectos) eram convidados a jejuar o dia todo e a reflectir para nunca mais gerirem mal o bem público para que mais ninguém passasse fome mesmo tendo rendimentos.

As boas estradas, as linhas férreas expandidas e interligadas para várias regiões, o transporte fluvial e marítimo vieram ajudar e dar um puxão à tal produção interna, bem como ao crescimento das localidades do interior, havendo hoje um equilíbrio em termos de qualidade de vida.

Hoje fazer política é hobby, já não é tido como um meio para se laifar. Mas sim um fim para ajudar o país a se laifar. É das áreas que menos paga e menos privilégios dá aos detentores de cargos. Ser deputado, ministro, governador, administrador numa EP ou mista ou outro chefe numa determinada entidade do estado deixou de ser banga, agora é mesmo para bumbar, mostrar resultados e com benefícios bem reduzidos. Ficaram acorrentados aos rendimentos dos professores, pessoal da saúde e da agricultura, todos têm que ganhar o mesmo salário base, não importa o sector público, quer seja petrolífero ou financeiro, é claro que de acordo as categorias.

Fruto desses passos e de outros, hoje os cidadãos dessa banda são dos que menos emigram em busca de melhores condições de vida. Muito pelo contrário, há um crescimento considerável de imigrantes.

A justiça é dos pilares mais falados, é um grande exemplo. Os processos já não moram nos tribunais, nem vivem nas esquadras, tão pouco nos corredores escuros das ordens superiores, as investigações melhoraram bué. Tudo tem o seu tempo e o grau de satisfação pelas decisões tomadas pelo judicial totalmente independente é de louvar. Até o caso jefran de lá foi resolvido e nunca mais se repetiu com outro nome.

Essa banda é de sonhos, tanto que quem me contou, não quer dar a localização, só ele conhece o caminho de ida, que nem as misteriosas cidades de ouro. Enquanto isso, nos perguntamos: Será que algum dia chegaremos lá? Katé+