Este julgamento arrancou no dia 18 de Novembro do ano passado e os arguidos são acusados dos crimes de associação criminosa, branqueamento de capitais e violência doméstica.

O juiz Tutri António, tem vindo a apelar, nas últimas sessões, ao diálogo e ao perdão entre as duas "alas" e avisou que a liderança da IURD não será resolvida com a decisão final desde julgamento.

Em Angola, a IURD está dividida em duas igrejas com o mesmo nome, sendo que ambas alegam ser os representantes legítimos junto das instituições.

No dia 31, dia do acórdão, o ex-líder espiritual da Igreja em Angola, Honorilton Gonçalves, não estará presente na sala de audiência porque não se encontra no País, estando já desde Dezembro no Brasil.

O advogado defesa do bispo assegurou que as razões foram fundamentadas aos juízes desde mediático julgamento.

O Ministério Público (MP) pediu, no mês passado, a condenação de todos os arguidos deste processo e acusou a Igreja Universal do Reino de Deus de ser uma associação criminosa de cariz internacional, entre várias outras acusações.

A defesa dos quatro arguidos refutaram as acusações do MP, considerando que não respeitou as regras processais penais.

David Mendes, advogado da parte queixosa, que representa a "ala" dos pastores dissidentes da IURD (conhecida como ala angolana), mostrou-se confiante na condenação dos arguidos em função da matéria discutidas em julgamento.

"Não vemos outro caminho que não seja o da condenação", disse David Mendes.

Os arguidos, António Miguel Ferraz, Belo Kifua, Fernando Henriques Teixeira e Honorilton Gonçalves, negarem em tribunal, durante as suas audições, todas as acusações que pesam sobre si e sobre a igreja.

De recordar que as sessões de discussão e julgamento deste mediático caso, foram sempre acompanhadas por uma grande presença policial fora do tribunal.

Ao Novo Jornal uma fonte da polícia do município de Luanda assegurou que não será diferente no último dia, e já estão reforçados com meios e homens para dar cobertura ao dia da decisão final.

Milhares de fiéis da IURD concentram-se na Marginal de Luanda em orações, sempre que há sessões de julgamento.

Lembrar que a luta na IURD iniciou em Novembro de 2019, quando um grupo de mais de 300 pastores angolanos subscreveram um manifesto em que renunciavam integrar a igreja sob direcção brasileira, originando assim a separação.