Segundo o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do SIC-Luanda, superintendente Fernando de Carvalho, após um trabalho aturado do Departamento de Combate aos Crimes Contra Pessoa (DCCCP) apurou-se que Francelina Manuel, esposa de Feliciano Eduardo (nomes fictícios), descobriu que o seu marido tinha uma relação amorosa com a vítima.

"Ela (Francelina Manuel) arquitectou esta acção criminal convidando a vítima a deslocar-se à sua residência no município de Icolo e Bengo, distrito urbano de Bela Vista, centralidade do Zango 8.000, para um convívio, visto que se comemorava o dia da independência nacional", disse o responsável em declarações ao Novo Jornal.

Fernando de Carvalho salientou que no dia fatídico para Conceição Figueiredo, por volta das 23:00, Francelina Manuel, aproveitando-se do momento em que o seu marido se encontrava a descansar e dominada por ciúmes "envolveu-se em briga com a vítima, usando uma faca de cozinha, golpeando-a varias vezes na região do tórax e abdómen. A mulher morreu na hora".

"De forma a despistar qualquer acção judicial, Francelina Manuel ateou fogo num dos compartimentos da casa onde se encontrava o corpo da vítima, para dar a entender que a mulher morreu devido às queimaduras causadas pelo fogo", descreveu.

Das investigações realizadas em prol do esclarecimento dos factos, "foi submetido o cadáver a uma autópsia, cuja conclusão foi que a morte foi motivada por agressão física com objecto corte perfurante", referiu o superintende do SIC-Luanda.

"Feliciano Eduardo, ao ouvir os gritos, saiu do quarto onde descansava e deparou-se com o incêndio, ocultando desta feita a acção criminosa arquitectada pela esposa", explicou, acrescentando que o casal foi presente em primeiro interrogatório judicial e homem e mulher ficaram em prisão preventiva, medida de coacção mais gravosa, aplicada pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Luanda.