A informação foi avançada ao ministro da Agricultura e Pescas, António Francisco de Assis, durante uma visita realizada ontem, em Luanda, às instalações do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira.

O navio, de 74 metros de comprimento e uma velocidade de 13 nós, tem apresentado problemas técnicos desde que chegou a Angola. A primeira avaria aconteceu apenas três meses depois de ter chegado ao País.

Com uma tripulação de 12 cientistas e 16 tripulantes, a embarcação visa realizar trabalhos de pesquisa para permitir conhecer as diversidades de recursos marinhos, o ecossistema e pesca.

Esta é a primeira embarcação do género adquirida por Angola. Antes da sua chegada, a então ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, afirmou tratar-se de um navio " com grandes valências na investigação científica".

Ainda de acordo com a ex-ministra Victória de Barros Neto, o navio "Baía Farta" serviria também como "barco-escola", proporcionando formação em alto-mar na área da investigação marinha.

De acordo com informação da Damen, este será um dos navios tecnologicamente mais avançados do género e a sua construção "minimizará" o ruído subaquático, acústico interno e vibrações, garantindo assim níveis de silêncio necessários para a investigação científica dos recursos naturais marinhos.

Citada pelo Jornal de Angola, a directora-geral do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, Filomena Vaz Velho, afirmou durante a visita do ministro da Agricultura e Pescas, que outra das dificuldades da operação do navio resulta da ausência de subsídios para os técnicos que permanecem em alto mar por períodos prolongados, algo que disse ter reflexos directos na redução dos níveis dos resultados das pesquisas.