Gostaria de não ter tido razão no que escrevi. Mas, Cassandra, estava por perto, e escreveu-se na pedra o nosso canhestro vaticínio como uma maldição para desgraça da D. Isabel, do Sr. José e do resto do país"...

Os dias de graça, que constituíram os primeiros 100 dias da Engª Isabel dos Santos a frente da Sonangol, entram agora para um período sem graça.

A sua entrada de rompante agora como "pivot" do "Luanda Leaks" tanto pode dizer muito, como pode vir a dizer nada. Tanto pode ser um ponto de viragem, como pode vir a ser um ponto de enterro.

Aqueles dias tanto poderiam servir para desmantelar as "orgias" financeiras, que no passado fizeram da Sonangol um Estado dentro doutro Estado, como poderiam vir a redundar, como redundaram, em bricolagens sem quaisquer créditos dentro e fora do país...

Aqueles dias confirmaram que era inadiável desalojar interesses instalados. Cortar vícios crónicos que conferiam alguns altos funcionários da Sonangol o estatuto de (son)angolanos de primeira, ficando a manada com a medalha de (son)"angolares" de segunda...

Ninguém tem dúvidas de que era preciso estancar o desvario para que a Sonangol deixasse de ser vista pelas companhias estrangeiras operadoras e prestadoras de serviço como uma prostituta.

Apoiei, por isso, a intenção de se apurar a titularidade dalguns activos da Sonangol em Angola, no estrangeiro ou em águas profundas parqueados em certos paraísos fiscais, sob indébita apropriação dos nossos queridos representantes na cleptocracia internacional...

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