Os dados do Ministério da Saúde indicam que na quinta-feira foram notificados 323 casos de cólera, sendo 176 em Benguela, 55 em Luanda, 24 no Cuanza Norte, 21 em Malanje, 12 no Cuanza Sul, 11 no Namibe, nove no Icolo e Bengo, quatro em cada uma das províncias da Huíla, Cabinda e Bengo, e três no Zaire.
Os seis óbitos foram reportados em Benguela (4) na Huíla (1) e em Malanje (1). Nas últimas 24 horas receberam alta 262 pessoas e actualmente estão internadas 591 pessoas com cólera, diz o MINSA.
O País regista agora um total cumulativo de 15.294 casos e 530 óbitos. As crianças menores de dez anos são as mais afectadas.
Segundo a OMS, o País vive "um momento crítico", atravessando "um cenário complexo de saúde pública caracterizado por doenças endémicas, doenças transmissíveis e não-transmissíveis, doenças tropicais negligenciadas e um surto de cólera que já afectou 17 das 21 províncias".
Está por isso em curso uma série de medidas de resposta urgente que incluíram "o envio de equipas de resposta rápida, a formação de pessoal de saúde, a criação de centros e unidades de tratamento da cólera, o fornecimento de água potável, o envolvimento intensivo da comunidade e o lançamento de campanhas de vacinação específicas".
Como o Novo Jornal tem vindo a alertar, os dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, indicam que em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.
A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.
Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.
A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.
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