Os dois cidadãos russos são ainda suspeitos de espionagem, associação criminosa e falsificação de documentos, segundo o SIC, que afirma que a detenção destes cidadãos decorreu de uma aturada investigação em curso, que detectou que estes indivíduos estão ligados a organizações criminosas internacionais, que actuam em África e se dedicam à produção de campanhas de desinformação e propaganda nas redes sociais nos países em fase de pré-campanha eleitoral.
Com os dois russos, segundo o SIC, foram apreendidos diversos meios de prova, tais como computadores de diversas marcas, cartões de memória, discos rígidos externos, pendrives, vários telemóveis, cartões SIM, diversos documentos e recibos de transferências financeiras para a prática da actividade criminosa.
Foram também apreendidos valores monetários em dólares norte-americanos, Kwanzas e Rublos, moeda russa.
O SIC, em comunicado assinado pelo director Manuel Halaiwa, diz ainda que há vários suspeitos já identificados, que receberam os montantes em dólares e em kwanzas que seriam utilizados para financiamento de manifestações nas províncias de Luanda e Benguela.