O secretário-geral do sindicato dos pilotos, Horácio Cruz, disse, em declarações à Angop, que no encontro mantido com a administração da companhia de bandeira nacional, a 30 de Agosto, ficou agendada, para 23 de Outubro, uma nova reunião.

Em cima da mesa, da parte dos pilotos, está a exigência de acabar com a discriminação salarial existente entre colegas com as mesas funções, a recuperação da perda efectiva de poder de compra e a melhoria das condições laborais no seio da empresa estatal de aviação.

Essa é também a razão pela qual mais de uma dezena de pilotos já deixou a empresa nos últimos anos, o que, a par da idade avançada de uma grande parte dos pilotos ao serviço da TAAG - o limite de idade para voar em circunstâncias normais são os 65 anos - corre-se o risco de não haver disponíveis pilotos suficientes para garantir a segurança e a normalidade nos voos.

O Sindicato dos Pilotos de Linha Aérea de Angola (SPLA) sublinha que há mais de sete anos que a administração da empresa tem em cima da mesa o seu caderno reivindicativo e que pouco ou nada se avançou neste espaço de tempo.

Perante o aproximar da privatização da companhia, embora parcial, os pilotos querem ver os principais problemas apresentados aos gestores da empresa resolvidos ou bem encaminhados, sem deixar de "cumprir com os entendimentos que estavam já acordados".

Rui Carreira, numa conversa com os jornalistas a 20 deste mês, disse que a administração tem estado a conversar, e que o que interessa para a TAAG é que os seus profissionais percebam "as reais capacidades da empresa" porque "as reivindicações não podem ser a ponto de inviabilizar a sua continuidade".

Porque, sublinhou, se assim sucedesse, "seriam 3.100 pessoas a ficar sem emprego", que é a soma total dos trabalhadores da TAAG.

"Acredito que vamos chegar a um entendimento", apontou o PCE da TAAG, embora acrescentando que "não é possível à administração avançar para aumentos apenas para os pilotos quando a empresa é um todo.