Após 25 anos de presença no país, o Conselho de Segurança da ONU decidiu, em Dezembro, a retirada das forças de manutenção da paz, apesar da preocupação com a escalada da violência no leste da República Democrática do Congo (RDC).

Em Janeiro, o Ministro Negócios Estrangeiros do país, Christophe Lutundula, manifestou o desejo de que a retirada esteja concluída até ao final do ano.

De acordo com Bintou Keita, chefe da missão conhecida como MONUSCO, "após 25 anos de presença, a MONUSCO deixará definitivamente a RDC o mais tardar no final de 2024".

As autoridades da ONU e congolesas trabalharam em conjunto para produzir um plano de "uma retirada progressiva, responsável, honrosa e exemplar da MONUSCO", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros congolês, Christophe Lutundula.

A Monusco, que conta actualmente cerca de 15 mil soldados, continua presente nas três províncias mais problemáticas, Kivu Sul, Kivu Norte e Ituri.

Para uma retirada "ordenada, responsável e sustentável" foi adoptado um plano de três fases.

Até 30 de Abril, militares e polícia retiram-se do Kivu Sul e até 30 de Junho é a vez da componente civil. Antes de Maio, a força da ONU deverá abandonar as 14 bases na província e entregá-las às forças de segurança congolesas.

A base de Kamanyola, perto das fronteiras com o Burundi e o Ruanda, é a primeira a ser entregue à polícia da (RDC).

Depois do Kivu Sul, as seguintes fases, em Ituri e Kivu Norte, vão ter início depois de avaliações ao processo.