Lindo Bernardo Tito começou por criticar aquilo que considera um "elemento muito negativo", o facto de João Lourenço não principiar a conferência de imprensa "com um texto de apoio para fazer um exercício daquilo que foram os seus primeiros 100 dias de governação".
"Poderia ser pequeno, em função do seu percurso, mas permitiria aos jornalistas questioná-lo sobre alguns desses pontos", expôs.
O dirigente afirmou também que, "tirando a questão da Rádio Eglesia, que vai ter a possibilidade de emitir em todo o país, desde que cumprida a lei da rádio e todos os pressupostos legais, esta colectiva não acrescentou nada".
A despartidarização do Estado foi o ponto mais criticado pelo porta-vos da CASA-CE, que afirmou que "de entrevistado, o PR passou a entrevistador, respondendo ao jornalista com uma pergunta".
"O PR não conseguiu dizer ao país qual a sua estratégia para a despartidarização do Estado, um dos slogans usados na sua campanha".
"De que modo vão os não-militantes do MPLA ter acesso à função pública e aos cargos intermédios do Estado?", perguntou.
"João Lourenço, durante a campanha, enganou os angolanos", acusou mesmo Lindo Bernardo.
"A resposta a essa pergunta permitiu que viesse ao de cima a verdadeira personalidade do PR que informou o país que vai governar de acordo com a vontade do seu partido", reforçou.
Também a forma como foi organizada a conferência de Imprensa foi criticada por Lindo Bernardo: "Primeiro os jornalistas dos meios de comunicação públicos, com respostas preparadas, depois os de órgãos independentes.