Os recordes de produção alcançados na mina do Lulo desde o início do ano - com destaque para a descoberta do maior diamante de Angola e para a extracção de pedras de qualidade considerada excepcional -, prometem consolidar-se nos próximos meses.
Tudo graças à adopção de uma nova tecnologia, denominada XRT, que recorre aos raios-x para detectar e extrair pedras preciosas.
Este equipamento é considerado, mesmo no meio diamantífero, de custo elevado, mas foi graças a uma destas unidades XRT, reprogramadas para as gemas maiores, que se extraiu no Botsuana, há cerca de um ano, o mundialmente famoso diamante Lesedi La Rona, de 1.109 carats.
O Lesedi La Rona foi avaliado inicialmente entre 40 a 60 milhões de dólares norte-americanos, mas o seu preço, quando foi colocado em leilão na Sothebys, em Londres, rondou os 70 milhões, sendo, até hoje o terceiro maior diamante do mundo.
O potencial da novidade começou a ser explorado no Lulo, anunciou a Lucapa Diamond, adiantando que a tecnologia já está ao serviço da recuperação e tratamento de diamantes nesta mina da Lunda Norte.
A companhia, que opera o projecto em parceria com a estatal Endiama e com os privados da Rosa & Pétalas, comunicou também a descoberta de mais um par de valiosos diamantes, com 77 e 71 quilates.
As duas pedras vão reforçar os próximos leilões da multinacional australiana, previstos para meados de Novembro e de Dezembro.