O Tribunal da Comarca de Mbanza Kongo deu como provada a acusação da jovem Catarina Daniela António "Dadá", de 20 anos, como autora do homicídio qualificado da sua irmã, Xarlene Lussevikueno, que estava grávida de oito meses.

A arguida foi considerada culpada por atacar a irmã enquanto esta dormia, desferindo golpes de faca, incluindo um corte fatal no pescoço, que levou à morte imediata, assim como do bebé em gestação.

Segundo o principal juiz, Gabriel Bunga, não ficou esclarecido o verdadeiro motivo que levou ajovem, na altura com 17 anos, a praticar o crime.

Segundo o tribunal, as investigações não conseguiram demonstrar com precisão as razões que a impulsionaram a atacar a irmã, restando apenas a certeza da sua acção violenta e consciente no crime de homicídio.

Catarina Daniela António foi inicialmente condenada a 26 anos de prisão, mas viu a pena reduzida para 18 anos, por cometer o crime na altura com 17 anos, beneficiando assim de uma atenuação especial prevista no Código Penal para menores de 18 anos.

O julgamento iniciou no mês de Agosto e chegou a ficar suspenso porque a arguida apresentou supostamente problemas mentais.

Entretanto, esta semana, o tribunal atestou que a assassina se encontra em condições normais de saúde mental, conforme o boletim médico emitido pelo Hospital Provincial do Zaire.

Este caso chocou a sociedade naquela cidade, em 2023, como noticiou na altura o Novo Jornal.

Charlene Lusevikueno António, a vítima, de 29 anos, era recém-licenciada pela Universidade 11 de Novembro no curso de gestão.