Desde a tomada de posse do presidente João Lourenço, no final de 2017, Angola já melhorou, no total, 12 lugares, progresso que, no entendimento de João Melo, é maior do que o relatório dos Repórteres Sem Fronteiras indica.

Segundo o governante, a organização tem falta de uma informação actualizada sobre o que se passa no sector da comunicação social no maior país africano de língua portuguesa.

"O próprio relatório diz que foram analisados somente quatro canais de TV, 17 rádios e cerca de vinte jornais", observou João Melo, antes de lembrar que existem no país muitos mais órgãos de comunicação do que esses.

O ministro da Comunicação Social angolano considerou igualmente que "não corresponde de todo à realidade" a observação do relatório de que "apenas a Rádio Ecclésia e um punhado de sites conseguem produzir informações críticas e independentes".

João Melo destacou que essa observação deixa de fora, por exemplo, até alguns meios ligados à oposição, como a "Rádio Despertar".

"Os informantes dos Repórteres Sem Fronteiras em Angola não fizeram um bom trabalho", disse João Melo.

O ministro reiterou o compromisso das autoridades angolanas com a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, criando no país um sistema de comunicação "aberto, diversificado e plural, em termos de propriedade, natureza, perfil e linha editorial".

"Vamos realizar novos avanços nos próximos tempos", prometeu o igualmente político e escritor.