O ponto de situação das obras do novo Aeroporto Internacional de Luanda, situado no município de Icolo e Bengo, foi apresentado no último fim-de-semana, marcado por uma visita ao local do Presidente da República, João Lourenço.

Falando à imprensa no final da visita do Chefe de Estado, o ministro dos Transportes, Augusto Tomás, esclareceu que o impasse na construção, na sequência do rompimento do acordo com a construtora chinesa China Internacional Found (CIF) - explicado por razões de natureza financeira, técnica e operacional - está ultrapassado, com a contratação da também chinesa Avic.

O governante adiantou que com a retoma dos trabalhos o aeroporto deverá ficar concluído até ao final de 2019, prazo que, no entanto, poderá sofrer nova alteração caso surjam imprevistos, como falhas no financiamento.

Afinal, lembrou Augusto Tomás, ainda falta executar mais de 40% da obra, que tem custos globais de mais de 6 mil milhões de dólares.

Entre os projectos que exigem financiamento adicional inclui-se o viaduto da estrada de acesso ao aeroporto, com conclusão prevista para o final de 2019, bem como a ampliação do terminal de carga.

Por concluir estão também algumas vias secundárias de acesso ao futuro aeroporto, indicou o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares, garantindo que as vias estruturantes já foram executadas.

Note-se que só a edificação propriamente dita do aeroporto foi orçada em 3,8 mil milhões de dólares, estando a infra-estruturação avaliada em 1,4 mil milhões de dólares.

O projecto inclui ainda um investimento público de 417,4 milhões de dólares, para garantir o acesso ferroviário ao aeroporto, que envolve a construção de cinco novas estações do Caminho de Ferro de Luanda (CFL) e respectivo ramal ferroviário desde a actual Estação de Baia do CFL ao novo aeroporto internacional de Luanda (num total de 15 quilómetros).

A estes custos acrescem os encargos do programa de obras e intervenções nos acessos viários ao novo aeroporto, estimados em 692,7 milhões de dólares.

O novo aeroporto é financiado por fundos chineses, ao abrigo da linha de crédito aberta por Pequim para permitir a reconstrução de Angola.