O quadro torna-se ainda mais complicado perante a falta de respostas, visto que apenas seis das 18 províncias do país têm serviços médicos nesta área. Nomeadamente: Luanda, Benguela, Huíla, Malanje, Cabinda e Huambo.

"Vamos vendo a busca pelos serviços anualmente e os números tendem a aumentar com o reflexo de que as doenças estão a crescer", adianta a coordenadora do Programa Nacional de Saúde Mental de Angola, Massoxi Vigário.

Falando à imprensa à margem de uma conferência nacional em alusão ao Dia Mundial da Saúde Mental, que hoje se assinala, a responsável reconheceu que situação nacional neste domínio tende "a aumentar do ponto de vista negativo", mas sublinhou que há prevenção e tratamento para as doenças mentais.

Reportando-se às principais situações diagnosticadas no país, a responsável apontou a existência de "muita gente descompensada nas ruas", esclarendo que nem toda a gente descompensada é esquizofrénica.

"Podem estar a viver um outro problema social, mas, claramente, existe um número considerável de transtornos de esquizofrenia no nosso quadro de saúde mental", precisou a coordenadora, preocupada com o fenómeno.

"Só no último semestre do presente ano, nós temos de uma maneira geral um número aproximado de 10.133 casos de pacientes diagnosticados em saúde mental. Neste número estamos a falar de pacientes que buscam a saúde mental", adiantou Massoxi Vigário.

Para tornar a situação ainda mais preocupante, o país tem um único Hospital Psiquiátrico, situado na capital.