Neste documento - World Economic Outlook -, o FMI aponta como razão primeira para este momento positivo na economia angolana o crescente preço do petróleo, o que vai permitir expandir o PIB em mais de 8,5%, para os 135 mil milhões USD.

Em consideração, além da valorização do crude, valia substancial para o 2º maior produtor africano, está ainda a sua condição de grande player na área dos diamantes em bruto, num contexto de forte incremento económico que contrasta com os últimos anos, marcados por uma severa crise.

As restantes quatro das cinco economias africanas que mais vão brilhar na África Subsaariana são a Etiópia, que vai passar à condição de 4º maior economia subsaariana, aproveitando o fim da guerra civil e graças às substantivas reforças levadas a cabo pelo Governo de Abiy Ahmed, o que está a permitir ao segundo mais populoso país africano ter igualmente uma das economias com maior crescimento no continente, com o seu a PIB estimado a chegar aos 126 MM USD.

Depois a Nigéria, com o PIB a chegar aos 574 mil milhões USD, sendo o petróleo um importante factor, mas o mais pesado é a sua poderosa economia interna com mais de 200 milhões de consumidores, seguindo-se a África do Sul, que manterá a condição de 2ª maior economia subsaariana, com um PIB de 422 MM, aparecendo, por fim, desta restrita e brilhante lista, o Quénia, embora com o menor crescimento dos cinco, esperando-se um PIB de 117 MM USD, notando o FMI, todavia, que esta é uma das economias que deve ser mantida debaixo de olho pelo sucesso que dela se espera.

Isto, num contexto global onde o FMI espera uma realidade dura em 2023 e 2024, devido aos factores mais relevantes como a guerra na Ucrânia, a inflação e a subida das taxas de juro nas grandes economias, sendo os pontos positivos uma resiliência inesperada e uma abertura virtuosa da China.

Esta lenta recuperação traduzir-se-á por um decréscimo do crescimento de 3,4% em 2022 para 2,9% em 2023, esperando o Fundo que passe para 3,1% em 2024, sendo que a inflação global média deverá ficar em 6,6%, contra 8,8% em 2022, caindo para 4,3 em 2024.