O banco diz que o encerramento da agência, que ficava em N"Dalatando, resulta de uma análise cuidada, tendo em conta os desafios operacionais e as mudanças no cenário económico que afectaram a capacidade de manter operações nesta província.

Alguns cidadãos, em N"Dalatando, queixaram-se ao Novo Jornal que do encerramento desta agência de o banco mandar os seus clientes para a vizinha província de Malanje, atendendo que no kwanza-Norte existem poucas instituições bancárias para atender à necessidade dos cidadãos.

"É triste que se encerre um banco que nos ajudava em termos de levantamento de valores e depósitos. Não é certo viajarmos para Malanje para tratar de um assunto que poderia ser feito localmente na agência", contou Damião Paixão, cujas queixas foram também partilhadas por dois outros clientes do Banco Económico em N"Dalatando.

Num comunicado estampado à porta da agência, agora encerrada, o Banco Económico informa que os clientes daquela dependência, por sinal a única na província, devem ir até à província de Malanje para, junto da agência local, que segundo o banco está dotada de condições para cobrir a zona do Kwanza-Norte, tratarem dos seus interesses.

O Novo Jornal sabe que para além do encerramento da única agência no Kwanza-Norte, este mês, o banco irá também encerrar a única agência na província do kwanza-sul e um centro de empresas em Luanda, pelas mesmas razões. Os trabalhadores destas agências serão todos mandados para o desemprego.

Vale lembrar que o banco despediu, em Março de 2023, 68 trabalhadores e encerrou 11 agências, argumentando que os despedimentos estão enquadrados no Plano de Recapitalização e Reestruturação (PRR) da instituição, que está a ser implementado desde 2022, com mudanças profundas ao nível da gestão e da estrutura accionista do banco.

Em cartas enviadas individualmente a funcionários, em 2023, o Banco Económico informa que a sua situação financeira, resumida num défice líquido avaliado em 122,7 mil milhões de kwanzas (244 milhões de dólares), pode comprometer a operacionalidade da instituição, "forçando-a a adoptar medidas de redução de custos em breve prazo", sendo este o pretexto para encerrar agências e despedir trabalhadores, isso no âmbito do Plano de Recapitalização e de Reestruturação (PRR), orientado, em 2022, pelo Banco Nacional de Angola (BNA), enquanto supervisor do sector.