A primeira conferência de imprensa da Sonangol, sob liderança de Carlos Saturnino, ficou marcada por uma série de reparos à anterior gestão, presidida por Isabel dos Santos.
Para além de ter acusado um ex-administrador de ter efectuado uma transferência de 38 milhões de dólares, já depois de ter sido exonerado, o presidente do conselho de administração da petrolífera nacional criticou a "situação caricata" dos Recursos Humanos, bem como a factura em consultoria.
Embora tenha salvaguardado que a auditoria às contas da companhia ainda não está concluída, Saturnino lançou várias suspeitas de irregularidades, que, entretanto, levaram a Procuradoria-Geral da República a abrir uma investigação.
No centro das suspeitas surge Isabel dos Santos, que, através do Twitter, começou por lembrar, sem qualquer referência à conferência da Sonangol, "que a mentira e a falsidade têm perna curta".
"Então relaxa, os falsos vão caindo um por um", lê-se num tweet da empresária, publicado horas depois das declarações de Carlos Saturnino.
Cumpridos dois dias de silêncio, Isabel dos Santos regressou este sábado às redes sociais com a promessa de um esclarecimento público.
Primeiro apenas com a mensagem "comunicado, brevemente aqui", a ex-presidente da petrolífera nacional manteve o suspense durante outras 10 horas, até voltar a dar notícias.
"Segue o meu comunicado sobre as declarações da Conferência de Imprensa da Sonangol, aqui, amanhã [este domingo] à tarde...", escreveu a empresária, numa mensagem partilhada no Twitter, Instagram e Facebook, com as hashtags "falar verdade" e "direito à verdade".