A Aerovia-EP (ex-Paviterra) é uma empresa de construção de obras horizontais, verticais e especiais do Ministério da Defesa, e a última vez que os trabalhadores, receberam o vencimento foi em Dezembro de 2023.

Deste Janeiro último até agora, estes trabalhadores nunca chegaram a ver, nas seus contas bancárias, qualquer pagamento de salário.

Devido aos atrasos salariais, os funcionários decidiram "cruzar os braços" e exigem da direcção o pagamento dos ordenados.

Gonçalo Francisco, afecto à comissão sindical da Aerovia-EP, contou ao Novo Jornal que a greve é legal e que o sindicato cumpriu todos os procedimentos legais da Lei Geral do Trabalho (LGT).

Quanto aos atrasos salariais, este funcionário diz que a empresa já deveu, em 2023, oito meses, mas após reivindicação esses salários foram pagos, lamentando o facto de até agora a empresa continuar com os atrasos.

"Este ano ainda não recebemos salário. Por isso estamos em greve para exigir o pagamento dos nossos salários", contou.

Segundo o sindicato, os 11 meses de atraso salarial incluem também o subsídio de férias e os trabalhadores denunciam que a empresa nunca pagou a segurança social.

Conforme a comissão sindical, a empresa tem ainda por indemnizar mais de 100 funcionários despedidos em 2022.

Segundo os funcionários, o conselho de administração diz-se incapaz de resolver o problema.

Sobre o assunto, o Novo Jornal tentou ouvir o conselho de direcção da Aerovia-EP, mas sem sucesso.