A informação está a ser avançada pela N+, agência de notícias especializada na área da Ciência e Tecnologias.
Segundo o site dessa publicação, que é uma edição espanhola do russo Nplus1.ru, o 18.º Esquadrão de Vigilância Espacial da Força Aérea dos EUA reportou que no passado dia 12 de Fevereiro - "no intervalo entre as 09:55 - 09:59 GMT" -, o tanque do propulsor Fregat SBB, usado no lançamento do AngoSat-1, desintegrou-se, o que desencadeou a formação de pelo menos 25 fragmentos.
De acordo com essa publicação, "os analistas estão a recolher dados para catalogar os fragmentos e calcular as órbitas de cada um deles".
A situação levou ainda à divulgação de um alerta.
"Foi emitida uma advertência, para os operadores de satélites, sobre a possível ameaça de colisão de veículos espaciais com esses fragmentos", adianta o N+.
A notícia da desintegração do tanque do Fregat SBB chega cerca de duas semanas depois de o AngoSat-1 ter feito correr muita tinta em jornais América do Sul, associado a um raro fenómeno cósmico no Peru e no Brasil.
Já depois destes relatos, o ministro das Telecomunicações de Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, em declarações ao Novo Jornal Online, sublinhou que só em Abril será feita uma avaliação à saúde do satélite.
No caso de existirem alguns problemas com o satélite, o ministro respondeu que a parte angolana não sairá prejudicada porque o contrato acautela os interesses do país.
"O contrato prevê todos os extremos e, nesta indústria, todos os riscos são acautelados, desde a construção, lançamento e transporte. Todas essas etapas estão asseguradas", garantiu.
Lançado a 26 de Dezembro passado no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, o AngoSat-1, que representa um investimento do Estado angolano de 320 milhões de dólares, evidencia problemas de funcionamento desde as primeiras horas.