Francisco começou o seu apelo pedindo pela paz no Sudão, que vive uma crise humanitária dramática desde Abril de 2023 como resultado do conflito no país, que já ceifou milhares de vidas e deslocou milhões de pessoas e refugiados.

"Peço-lhes que rezem pelo Sudão, onde a guerra que dura há mais de um ano ainda não encontrou uma solução de paz. Silenciem as armas e, com o empenho das autoridades locais e da comunidade internacional, levem ajuda à população e aos muitos deslocados; que os refugiados sudaneses encontrem acolhida e protecção nos países vizinhos."

Posteriormente, como em todas as suas aparições públicas, pediu que "não se esqueçam os mártires da Ucrânia, de Israel e da Palestina" e apelou à "sensatez dos governantes para evitar uma escalada".

"Que sejam feitos esforços no diálogo e nas negociações", acrescentou o Papa, inclinando-se para fora da janela do palácio papal.

Na quinta-feira passada, o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal italiano Pietro Parolin, afirmou que autorizar o uso de armas fornecidas pela NATO à Ucrânia em território russo - como proposto pelo secretário da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg - significaria uma "escalada incontrolável" do conflito.

"Penso que esta possibilidade deve preocupar todos aqueles que se preocupam com o destino do nosso mundo", disse Parolin à agência ANSA, à margem de um evento na Universidade Católica de Milão.

Segundo Parolin, "isto pode significar uma escalada que já ninguém conseguirá controlar" e é "uma perspectiva muito preocupante".