O MINSA diz em comunicado que a primeira fase da campanha, agendada para os dias 17, 18 e 19 de Maio, será realizada para prevenir e dar resposta à ocorrência de um caso de poliomielite importado de países vizinhos.

A erradicação da pólio "é um compromisso global e do País para proteger a saúde" das crianças "e manter Angola livre da poliomielite", refere a nota.

Está prevista uma segunda fase da campanha entre 28 e 30 de Junho. Ambas as fases serão realizadas porta a porta, em igrejas, mercados e unidades hospitalares, garante o MINSA, acrescentando que a campanha abrange todas as crianças menores de cinco anos, incluindo as que já tenham tomado vacinas de rotina na campanha de 2023.

O Ministério da Saúde apela à participação de todos na promoção da campanha de vacinação contra a poliomielite, porque "a vacinação pode garantir uma Angola livre da ameaça da poliomielite".

Em Setembro do ano passado, a ministra da saúde, Sílvia Lutucuta,anunciou uma campanha de vacinação massiva contra a poliomielite.

Segundo a responsável máxima do MINSA, a primeira razão pela qual se decidiu a realizar a campanha de vacinação na altura foi porque a República Democrática do Congo, país vizinho, apresentava um surto activo de poliomielite.

"Para além disso, Moçambique, país com que temos uma interacção muito intensa, e Malawi, vizinho de Moçambique, sofreram importação do Poliovírus selvagem do Paquistão, entre 2021 e 2022", afirmava Lutucuta, acrescentando que " esses factores combinados colocam Angola numa situação de País em risco de importação da poliomielite, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde. A resposta recomendada nestes casos é uma campanha de vacinação de bloqueio que será sincronizada com a RDC, buscando maximizar a eficácia dos nossos esforços de prevenção".

A ministra falava igualmente de coberturas vacinais que são ainda muito baixas em Angola.

"A pandemia da Covid-19 teve efeito negativo nas coberturas da vacinação de rotina contra a poliomielite em todo o mundo, e Angola não foi excepção. Nos últimos três anos, as coberturas de vacinação de rotina para todos os antígenos sofreram um declínio, devido, principalmente, à realocação de recursos humanos para lidar com a pandemia. Apesar de, desde Julho de 2022, termos feito esforços significativos para recuperar rapidamente as coberturas de vacinação por meio da vacinação ampliada em postos fixos, complementada mediante equipas avançadas e móveis de vacinação num esforço de reduzir rapidamente as crianças zero-dose, os níveis de cobertura ainda constituem motivo de preocupação".