O branqueamento de capitais é um processo que tem por objectivo a ocultação de bens, capitais ou produtos, para lhes dar uma aparência final de legitimidade, procurando, assim, dissimular a origem criminosa.
A vice-procuradora geral da República, Inocência Pinto, sublinha a necessidade de se trabalhar arduamente no combate a este crime, afirmando que todos os dias há pessoas e organizações que os tentam praticar.
"A UIF reporta regularmente acções susceptíveis de configurar branqueamento de capitais e do financiamento ao terrorismo. Relativamente ao branqueamento de capitais, a PGR recebe todos os dias queixas da Unidade de Informação Financeira", disse à imprensa a número dois da PGR nesta terça-feira, no decurso de um seminário.
Conforme a vice-PGR, os crimes de branqueamento de capitais e de financiamento de terrorismo têm sido cada vez mais sofisticados e as autoridades que os combatem precisam igualmente de sofisticar a sua forma de reação.
Segundo Inocência Pinto, a PGR precisa de mais magistrados e técnicos para continuar a realizar de forma segura o seu trabalho.
Importa referir que Angola está incluída, desde a passada sexta-feira, 25, na lista cinzenta de países que mostram deficiências no combate ao branqueamento de capitais, pelo Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI).
A inclusão de Angola nesta lista representa um sinal de alerta para bancos e instituições financeiras globais sobre o aumento dos riscos de operações financeiras com o País, podendo afectar o seu acesso a investimentos e financiamento internacional.
No entanto, o Executivo reafirma o "compromisso de alto nível" para reforçar a eficácia da prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento de terrorismo e proliferação de armas de destruição maciça e garante que tudo fará para cumprir o plano de acção recomendado.