A quadrilha é composta por mais de dez elementos, mas apenas sete foram detidos, na última semana, pelos efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC) durante uma operação criminosa frustrada pelos agentes.

O grupo está divido em três áreas: homens que se fazem passar por intermediários, promotores de vendas e os que simulam o assalto no decorrer das negociações.

Já se passaram alguns meses desde que as autoridades locais começaram registar denúncias de burlas seguidas de assaltos, mas os implicados escapavam sempre das mãos dos agentes.

Desta vez, parece que a sorte não estava com sete dos integrantes da quadrilha, que acabaram detidos por intermédio de uma denúncia anónima que o SIC recebeu, depois destes terem roubado 15 milhões de kwanzas a um homem que saiu da província do Bié para o Huambo para comprar ouro que eles supostamente estavam a comercializar.

A área do gangue que tinha a missão de vender os produtos falsos, marcou um encontro com o cliente num dos hotéis da cidade do Huambo, e, durante a negociação, os assaltantes, a bordo de uma viatura, invadiram o espaço e roubaram os 15 milhões de kwanzas do cliente e depois colocaram-se em fuga, enquanto os outros membros do grupo, que estava a vender a mercadoria, fingiam estar aterrorizados com a situação, contou a direcção do SIC-Huambo ao Novo Jornal.

Depois do assalto, o SIC recebeu uma denúncia anónima sobre a situação que estava ocorrer naquele hotel, com os dados recebidos do caso, os efectivos do SIC conseguiram capturar cinco elementos do grupo na via pública que estavam a fugir do local do roubo, e, horas depois, foram igualmente detidos mais dois elementos num outro ponto da cidade.

No decorrer da operação foram apreendidas em posse dos delinquentes quatro viaturas de diversas marcas, três armas de fogo do tipo pistola, uma farda da Polícia Nacional, diamantes e ouro falsos.

Os cidadãos agora detidos foram presentes ao juiz de garantia, enquanto diligências prosseguem para se localizar os demais membros da associação criminosa.