A decisão foi anunciada « em Joanesburgo, na África do Sul, onde Katumbi, que tem passado os últimos tempos exilado na Bélgica, se reuniu com os seus apoiantes integrados no recém-criado movimento "Juntos para a Mudança".

Moise Katumbi, que, como o Novo Jornal Online noticiou em Julho do ano passado, admitiu uma aliança com o também homem de negócios e marido de Isabel dos Santos, Sindika Dokolo, para derrubar o Presidente Kabila, afirmou, logo após a sua escolha para a candidatura do movimento à Presidência da RDC, que corre para garantir a paz e a estabilidade no país que vive, actualmente, segundo a ONU, uma das mais graves crises humanitárias em todo o mundo devido aos milhões de deslocados empurrados pela violência das guerrilhas.

O agora candidato a Presidente da RDC foi considerado o Homem do Ano em 2015 pela revista Jeune Afrique e que a revista The Economist chegou a apontar como o segundo homem mais poderoso do país a seguir ao Chefe de Estado, não deixa, todavia, de ter no passado recente um registo atribulado, com acusações de má gestão pública e que, em claro confronto com o Kabila, se viu obrigado a deixar o país depois de ter sido condenado por crime imobiliário a três anos de cadeia.

Agora, com este regresso à política congolesa, Katumbi começa em grande ao anunciar que vai mobilizar 100 mil milhões de dólares para relançar o país na senda do desenvolvimento, colocando um ponto final na longa ditadura que mergulhou o país na penumbra da história, combater a corrupção e a violência que se manifesta em quase todas as 26 províncias do Congo-Democrático.

Esta candidatura surge numa altura em que se agudiza a instabilidade no país, com o regresso dos conflitos com os países vizinhos e internos.