Por detrás desta recuperação do preço do crude está a divulgação na terça-feira de um relatório do Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês) que destaca uma acentuada diminuição dos stocks norte-americanos na última semana.
Esta subida do barril de Brent, acompanhada por igual impulso no WTI nova-iorquino, acontece apesar das perturbações na economia global provocada ainda pela guerra comercial que há mais de ano e meio está a ser travada entre as duas maiores economias planetárias, China e Estados Unidos das América, cuja linha da frente passa pelos brutais aumentos de tarifas sobre os produtos Made in China exportados para os Estados Unidos, e vice-versa, embora com menos vigor.
De acordo com os números revelados pelo API, as reservas norte-americanas, a maior economia mundial e o primeiro consumidor do mundo, tombaram cerca de 3,5 milhões de barris em sete dias, quando os analistas tinham antecipado uma quebra de apenas 1,9 milhões, como conta a Reuters.
Como pano de fundo para esta subida e descida dos gráficos que acompanham e mostram o comportamento dos mercados petrolíferos, está o sentido descendente das perspectivas económicas globais, devido à guerra comercial Washington-Pequim, mas também por causa da incerteza da tensão no Golfo Pérsico, com os EUA a manterem a pressão belicista, embora agora menos viçosa, sobre o Irão.
Por detrás desta subida do preço do barril, que agrada a Angola sobremaneira, que nas últimas semanas viu o valor do crude chegar quase ao valor estimado para a média deste ano inserida no Orçamento Geral do Estado, de 55 USD, está também a garantia dada pelos sauditas de que vã manter os cortes, ou mesmo acentuá-los, na produção para garantir que o mercado não se confrontará com um excessivo aumento da oferta face à procura.