No despacho presidencial 122/22 lê-se que o programa do Executivo Angolano "visa à construção e recuperação de infra -estruturas básicas, sistemas de abastecimento de água, construção e reabilitação de vias rodoviárias, edificações públicas, aproveitamentos hidroagrícolas, rede de distribuição de energia e iluminação pública, entre outras".
Este acordo de financiamento é entre a República de Angola, representada pelo Ministério das Finanças, e a instituição financeira inglesa Standard Chartered Bank "e outras instituições financeiras melhor identificadas no Acordo de Financiamento", segundo o mesmo despacho.
Em Setembro do ano passado, outro despacho assinado pelo Presidente, destinava 415 milhões de euros para a execução de um projecto integrado de obras de emergência nos municípios de Benguela, Lobito e Baía-Farta. Um procedimento feito por ajuste directo e em que "o projecto emergencial" foi financiado pela empresa ASGC Limited, do Reino Unido.
No documento de 2021, tal como neste despacho de Maio de 2022, não era avançado o nome da empresa responsável pelas obras, mas a justificação para o ajuste directo, que valia 415 milhões de euros, era "a urgência na construção e recuperação de infra-estruturas básicas, sistemas de abastecimento de água, construção e reabilitação de vias rodoviárias, edificações públicas, aproveitamentos hidroagrícolas, rede de distribuição de energia e iluminação pública, entre outras".
O valor serviria também, segundo o despacho 142/21, para "estancar os deslizamentos de terras e a instabilidade dos solos que de forma cíclica vem acontecendo nas épocas chuvosas em diversas localidades da província, causando estragos assim como a perda de vidas humanas nos municípios de Benguela e Lobito".