"Um dos deputados, Jorge Martins da Cruz, que entrou na lista da UNITA pelo PRAJA-Servir Angola, e que estava fora do País, assinou hoje. Neste momento, já são 87 os deputados que subescreveram a assinatura do documento", confirmou ao Novo Jornal o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka.

Para completar as assinaturas, segundo o líder do Grupo Parlamentar, "só faltam os deputados Manuel Domingos da Fonseca, Francisco Viana, ex-militante do MPLA (que já deu o seu aval por videoconferência, faltando apenas a assinatura física), e Paulo Faria", que pediu ao Grupo Parlamentar para não enviar ainda o documento ao Parlamento sem que eles assinem.

De acordo com o parlamentar, o processo de destituição de João Lourenço do cargo do Presidente da República superou as 73 assinaturas requeridas.

Com o pedido de destituição do Presidente da República, de acordo com o deputado, "querem fortalecer as instituições do Estado e a coesão nacional, e não ser cúmplices de violações grosseiras à Constituição que atentam gravemente contra o Estado democrático e de Direito".

"Vamos continuar a exigir responsabilização política dos governantes. Por isso, somos e seremos sempre leais ao povo, e não a quem atenta contra a soberania do povo e contra a Constituição da República de Angola", concluiu.

Refira-se que o Grupo Parlamentar da UNITA apresentou recentemente uma iniciativa de acusação e destituição do Presidente, João Lourenço, por alegadamente ter subvertido o processo democrático no País.

"A sua rejeição pela nação traduz-se na mais elevada taxa de reprovação já verificada em tempo de paz", refere o Grupo Parlamentar da UNITA.

Segundo o Grupo Parlamentar da UNITA, o sentimento geral dos cidadãos é de que o Presidente da República traiu o juramento que fez, perdeu absolutamente a confiança dos eleitores e, por isso, "deve ser destituído do cargo".

A UNITA recorda que João Lourenço, durante a sua posse, em 15 de setembro de 2022, jurou desempenhar com dedicação as funções de que foi investido, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República de Angola e as leis, e defender a independência, a soberania e a unidade da nação.

Volvidos nove meses, na opinião da UNITA, o Presidente angolano "subverteu o processo democrático" e consolidou no País "um regime autoritário, que atenta contra a paz e contra os direitos fundamentais dos angolanos".