Esta informação foi avançada hoje, 23, pelo representante da empresa construtora do Angosat-1 e responsável pelo desenho do aparelho, Igor Frolov, durante uma conferência de imprensa conjunta entre o Governo Russo e o Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação de Angola, mas os valores em causa não foram revelados.
Igor Frolov disse aos jornalistas que a construção do segundo satélite angolano, o Angosat-2, será mais cara do que a do primeiro - o Angosat-1, que, depois de chegar a órbita, ficou inoperacional e está quase dado como perdido ,- porque vai ter mais capacidade e incorporará mais-valias inexistentes no antecessor.
Segundo Igor Frolov, o novo satélite começa a ser construído amanhã, 24, sem quaisquer custos para Angola, e o seu lançamento acontecerá em finais de 2020.
"Queremos fazê-lo no último quarto de 2020, já foi trabalhado o gráfico detalhado para a construção do Angosat-2 e temos o calendário geral da entrega dos equipamentos pronto", disse o responsável pela construção do satélite angolano.
"Neste momento temos uma comissão a trabalhar para averiguar as reais causas que estão por detrás da situação anormal que envolve o Angosat-1 e estamos a trabalhar para que este problema não possa mais existir em nenhum dos satélites que nós vamos construir", adiantou.
O especialista russo disse ainda que o projecto de recuperação do sinal do Angosat-1 continua até ao próximo dia 15 de Maio, e, se nesse período for possível a sua recuperação em bom estado, "fazer-se-á a entrega do Angosat-1" ao Governo angolano.
"No caso de o satélite não estar dentro do acordo e com os padrões determinados nos contratos, será utilizado para treinamentos ou formação", disse.
Igor Frolov garantiu que o satélite vai ser assegurado de acordo com os procedimentos existentes no contrato entre a parte russa e angolana.
De referir que os especialistas da Federação da Rússia entendem que é possível construir o Angosat-2 dentro do tempo indicado e que o mesmo vai ser um satélite bastante actual e com tempo de vida de 18 anos, contra os 15 do Angosat-1.
Antes do início da conferência de imprensa, o Secretario de Estado das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Mário de Oliveira, e o chefe da delegação da Rússia e chefe da agência espacial russa, Oleg Petrovich Froov, procederam à assinatura do protocolo da construção do segundo satélite angolano, na presença do ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho Rocha, e do embaixador da Federação Russa, Vladimir Tararov.
José Carvalho da Rocha, apesar de a conferência de imprensa ter sido agendada na passada semana, deu uma entrevista ao Jornal de Angola que foi publicada hoje, e onde o assunto da conferência de imprensa foi praticamente esvaziado.