"Nenhuma nação pode prosperar se não cuidar do seu futuro mais precioso: a criança. Hoje, 4 de Junho, Dia Mundial contra a Agressão Infantil, tomemos a consciência de - famílias, lares de acolhimento, escolas, igrejas e agentes de ordem - garantirmos a devida protecção a este ser vulnerável", escreveu o Chefe de Estado na sua página de facebook, por ocasião da data.
Segundo João Lourenço, "não deve haver qualquer justificação para qualquer dano contra a criança".
Refira-se que a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o 04 de Junho como o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressões, desde 1982, para lembrar que milhões de crianças e adolescentes continuam a sofrer violência física, mental ou emocional. A data serve também de incentivo para renovar o compromisso da comunidade internacional de acabar com todas as formas de violência contra as crianças.
Milhões de crianças ainda são vítimas de violência sexual, física, negligência, psicológica em casa e na escola. Segundo a ONU, além disso, em muitas partes do mundo, são vítimas de outros tipos de abuso: casamento infantil, trabalho infantil, mutilação genital feminina, tráfico, sequestros, assassinatos ou são usadas como crianças-soldados.
No caso de Angola, segundo UNICEF, a violência contra as raparigas e rapazes está entre as questões mais urgentes para a protecção da criança em Angola. Para esta organização da ONU, certos tipos de castigos corporais são ainda uma prática aceite por algumas famílias, escolas e centros de assistência.
"As disparidades entre os meios rurais e urbanos são significativas, sobretudo no que diz respeito ao trabalho e casamento infantil. A violência sexual e doméstica contra mulheres e meninas é preocupante, mas ainda são poucos os casos denunciados à polícia", diz a organização. Refere ainda que em Angola, a violência contra a criança manifesta-se também no fenómeno de acusações de feitiçaria, que aumenta o número de agressões às crianças e levam, muitas vezes, ao seu abandono.