O CISFJTS anunciou uma greve para a próxima segunda-feira, 20, para exigir equiparação salarial aos restantes tribunais superiores. O sindicato avisa de antemão que, caso não sejam hoje surpreendidos pela positiva, a greve de duas semanas acontecerá como está previsto.

O Novo Jornal soube junto do CISFJTS que esta é a primeira vez que a comissão negocial do Tribunal Supremo convoca todos os funcionários para um encontro urgente, por isso não estão a "encarar com bons olhos" esta convocatória, mas esperam que "haja resultados positivos".

"Tendo o Tribunal Supremo acusado a recepção da declaração da greve dos funcionários e constituído a comissão negocial, porquanto superiormente incumbidos, são convocados por meio desta, todos os funcionários desta corte suprema para uma reunião de carácter importante", diz a convocatória assinada pelo coordenador da comissão negocial, o juiz conselheiro João Fuantoni, a que o Novo Jornal tece acesso.

Entretanto, o coordenador da Comissão de Instalação do Sindicato dos Funcionários do Tribunal Supremo, Domingos Feca, disse, quando abordado pelo Novo Jornal sobre a reunião, que o sindicato foi surpreendido com essa convocatória de carácter urgente.

"Não chamaram a comissão negocial do sindicato, mas sim todos os funcionários. Esperamos que sejamos surpreendidos pela positiva, casa não seja assim, a greve sairá mesmo na segunda-feira dia 21", garantiu, assegurando que nada os impedirá.

O responsável avançou que os problemas são antigos e que a greve passada foi suspensa devido à promessa de que, em Janeiro último, seria efectivada "a tão almejada equiparação salarial", facto que não aconteceu.

"Vamos parar por duas semanas. O que nos inquieta é o silêncio das instâncias competentes, sabemos que o TS não pode muito, porque tem limitação, mas esse silêncio pode gerar outras interpretações", disse na segunda-feira ao Novo Jornal este responsável.

Assim sendo, o início da primeira fase da greve para este mês acontece de 21 a 01 de Abril, seguir-se-ão as semanas de 18 a 29, de 16 a 27 de Maio, de 13 a 24 de Junho e 18 a 29 de Julho, dependendo dos resultados das negociações que existirem, uma delas é o encontro desta quarta-feira.

O objectivo da greve, segundo os trabalhadores do TS, é a equiparação imediata dos salários dos funcionários do Tribunal Supremo com os demais tribunais superiores.

Um dos exemplos avançados ao Novo Jornal por Domingos Feca é o salário de um motorista do TS que aufere 50 mil Kz enquanto no TC ganha 200 mil Kz e ainda um auxiliar de juiz do Supremo ganha 500 mil enquanto o mesmo cargo no TC ganha mais de um milhão.