Falando aos jornalistas à margem da cerimónia de assinatura de um acordo de cooperação com a petrolífera italiana ENI no valor de 220 milhões de dólares - para manutenção geral e aumento da produção de gasolina, na Refinaria de Luanda -, Carlos Saturnino adiantou que das 64 propostas recebidas pela Sonangol para implementação da segunda fase da Refinaria do Lobito, sete foram seleccionadas e submetidas ao Governo no final de Março.

"Das sete empresas que passaram para a segunda fase, neste momento, estamos a trabalhar já no sentido de implementar a segunda fase da Refinaria do Lobito", adiantou o responsável, antecipando os próximos passos desta empreitada.

"A semana que vem devemos ter todas essas empresas com os documentos assinados. Depois disso, temos o trabalho de verificação da credibilidade, capacidade financeira e técnica e ver que não tem nada que impeça de ser associada da Sonangol, de todas essas empresas utilizando os serviços da Sonangol e utilizando também empresas especializadas - as "due diligence" - na verificação da parte técnica, legal, financeira, etc", apontou, em declarações citadas pela agência Lusa.

Carlos Saturnino acrescentou que depois desse trabalho de verificação dar-se-á início ao período de negociações, para se seleccionar e concluir o consórcio de accionistas da Refinaria do Lobito.

"O projecto da Refinaria do Lobito está de pé, foi feita uma calendarização das actividades, de Abril até ao dia 31 de agosto de 2018", destacou o PCA da petrolífera nacional, garantindo que o processo "vai em alta velocidade", apesar de "complexo".

Com um investimento inicial de 10 mil milhões de dólares, a Refinaria do Lobito, localizada no Morro da Quileva, a 10 quilómetros da cidade do Lobito, prevê o processamento diário de cerca de 200 mil barris de crude, criando 10 mil postos de trabalho directos e indirectos.