"Isto tem um reflexo imediato no tarifário que é praticado pela companhia", disse ontem, 15, o governante, em resposta às preocupações apresentadas por empresários nacionais, no âmbito do seminário de auscultação sobre o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (PRODESI).

Augusto Tomás adiantou ainda que um estudo "bastante profundo" realizado pelo Governo concluiu que o transporte aéreo doméstico assegurado pela TAAG acumula 30 anos de prejuízos, em resultado da desadequação do equipamento, mais compatível com viagens de médio curso.

"Temos de fazer um 'road-show' para seleccionar o tipo de equipamento mais adequado para o transporte aéreo doméstico e é um processo que está em curso, com a participação também do sector privado nacional, tendo em conta que é uma tarefa aberta para o sector privado", apontou o responsável, citado pela agência Lusa.

O governante acrescentou ainda que a procura do serviço aéreo doméstico não rentabiliza o tipo de aeronaves que a TAAG possui. No caso, 13 aviões Boeing, três dos quais 777-300 ER, com mais de 290 lugares e recebidos entre 2014 e 2016. A frota da TAAG inclui também cinco 777-200, de 235 lugares, e outros cinco 737-700, com capacidade para 120 passageiros, estes utilizados para as ligações domésticas e regionais.

Tudo somado, Augusto Tomás frisou que "esta é uma área bastante complexa, em que a margem, o risco, a rentabilidade não é como o comércio, a indústria e outros sectores da economia".