A audição destes arguidos junto do juiz de garantias, o magistrado responsável por fiscalizar a legalidade da investigação criminal e garantir direitos fundamentais do acusado, começou esta quarta-feira e estendeu-se para lá das 20 horas, o que levou este magistrado a suspender o interrogatório para lhe dar continuidade esta quinta-feira.
Entre os detidos estão um ex-administrador da AGT, um ex-director da direcção de arrecadação e cadastro, assim como um empresário e consultor da empresa chinesa H&S, que, na verdade, é um funcionário da AGT que está de licença de três anos para dedicar-se a negócios, como descreveu uma fonte judicial ao Novo Jornal.
O juiz de garantias deverá avaliar o grau de envolvimento de cada um dos arguidos no processo-crime que lesou o Estado em mais de 7 mil milhões kwanzas, e conforme as normais legais, aplicar a medida de coação pessoal, sendo a mais gravosa a da privação da liberdade em estabelecimento prisional.
O Novo Jornal apurou que a maioria dos arguidos está representada pelos melhores escritórios de advogados do País.
Entretanto, prosseguem neste momento as audições aos arguidos envolvidos no roubo milionário na AGT, que escandalizou a sociedade em Janeiro.
Conforme noticiou o Novo Jornal esta quarta-feira, a fraude milionária na Administração da Administração Geral Tributária levou a PGR a desencadear uma investigação ao mais alto nível nas hierarquias da AGT.
Fontes da PGR asseguraram que há nesta instituição uma grande rede organizada de criminosos "que envergonham o País".