Durante quase todo o 2016 excluídas dos leilões do BNA, as operadoras de remessas recomeçaram a receber divisas no final do ano passado. Aliás, só nas primeiras semanas de 2017 estas empresas obtiveram 13,5 milhões de euros, tendo a última dessas vendas - no valor de 4,5 milhões de euros - ocorrido na semana de 23 a 27 de Janeiro.
Porém, os resultados continuam imperceptíveis.
Numa ronda ao longo dos últimos dias pelas empresas que antes funcionavam em toda a capital angolana e que na sua generalidade estão agora encerradas, a agência Lusa encontrou, como melhor cenário a oferta de 57.000 kwanzas por cliente, ainda assim sem garantias.
A raridade chega da Ken-Câmbios, localizada nas imediações do aeroporto internacional de Luanda, e uma das poucas casas que ainda está em funcionamento. Contudo, como explicou à Lusa um dos seus técnicos, o envio de remessas ao exterior está condicionado, apesar da forte procura diária.
Segundo o funcionário, a empresa apenas faz remessas mensais para cerca de 50 clientes, num processo que ocorre em função da ordem de chegada e permite o tal envio máximo de 57.000 kwanzas.
"Trabalhamos assim porque estamos dependentes do banco nacional, que é o nosso fornecedor. A procura cresce, mas não temos muita margem de manobra", explica o mesmo técnico, em declarações à Lusa.
A Rucâmbios, uma outra empresa que se dedicava ao envio de divisas, que funcionava em Luanda, deixou de fazer remessas "por falta de plafond do seu fornecedor", no caso a Moneygram, informou um dos técnicos de serviço.