Ricardo d"Abreu, que reafirmou que este projecto visa resolver os problemas da mobilidade urbana da cidade, garantiu que, quando concluído, vai beneficiar mais de três milhões de habitantes e as obras dos primeiros 30 quilómetros têm início em meados de 2022.
As obras do Metro de Superfície de Luanda contemplam quatro fases, sendo que a primeira ficará pronta em 2025 e vai ligar a centralidade do Kilamba e o Porto de Luanda, disse o ministro.
O governante, que falava na abertura da conferência de imprensa internacional sobre o projecto, avançou que a linha de metro terá 149 quilómetros, e cobrir os eixos Porto de Luanda-Cacuaco, Avenida Fidel Castro Ruz-Benfica, Porto de Luanda-Largo da Independência e Cidade do Kilamba-Largo da Independência.
"De forma a partilharmos melhores os riscos o projecto será desenvolvido numa parceria-público-privada, envolvendo agentes que garantam uma execução rigorosa das várias componentes associada a este investimento", disse o ministro.
Entretanto, ao longo da construção do Metro de Superfície de Luanda serão desalojadas populações, mas as autoridades garantem que tudo está acautelado.
De acordo com Ricardo D"Abreu, o critério para a escolha dos primeiros 30 kilómetros, que vão ligar a centralidade do Kilamba ao Porto de Luanda, tem a ver com a densidade populacional e o fluxo entre as zonas suburbanas e urbanas da cidade de Luanda.
O ministro salientou que este projecto vai atenuar os problemas de transportes em Luanda e diminuir significativamente o trânsito automóvel.
Ricardo D"Abreu disse também que o Executivo terá a responsabilidade de estabelecer um regime de benesses aos investidores privados, por via da isenção dos impostos, benefícios fiscais, e expropriações, em articulação com várias entidades e instituições públicas de Angola.
A construção do futuro metro de Luanda estará a cargo da empresa alemã Siemens, que rubricou em Fevereiro último o memorando de entendimento entre a empresa e o Ministério dos Transportes, tendo assinado pelas partes o director executivo da empresa, Michael Peter, e Ricardo D"Abreu, pelo Executivo angolano.
De acordo com Ricardo D"Abreu, o Estado angolano terá uma participação de 30%, cabendo a outra parte aos agentes privados interessados.
A nova governadora de Luanda, Ana Paula de Carvalho, também presente na conferência de imprensa, acredita que o metro vai ajudar a melhorar a mobilidade urbana da cidade de Luanda.
Em Abril último, o Presidente da República, João Lourenço, criou uma comissão multissectorial, encabeçada pelo ministro dos Transportes, para preparar as condições para o lançamento da parceria público-privada responsável pela implementação do projecto "Metro de Superfície de Luanda".
A Comissão é integrada pelos ministros das Obras Públicas e Ordenamento do Território, do Interior, das Finanças, da Economia e Planeamento, da Energia e Águas e da Cultura, Turismo e Ambiente, a governadora de Luanda e o secretário do Presidente da República para os Assuntos Judiciais e Jurídicos.