Segundo a agência Ecofin, os holandeses ganharam o concurso lançado pela empresa Angola LNG, cabendo-lhes agora a venda do carregamento inaugural da unidade, de 161 mil metros cúbicos de gás natural liquefeito.

A produção está já a bordo do navio "Sonangol Sambizanga", um dos seis que compõem a frota da companhia.

Os valores deste negócio não foram revelados, sabendo-se apenas que existem planos para novas remessas.

Já em Março, a Angola LNG anunciou que vai começar a fornecer, ainda este ano, gás natural liquefeito ao grupo EDF, o maior produtor de energia eléctrica do mundo, através de um "acordo flexível" rubricado com a EDF Trading.

O acordo de venda prevê a entrega de vários carregamentos a partir de 2016 e vigorará até 2018, anunciou a administração da fábrica angolana, que representou um investimento privado de dez mil milhões de dólares.

Instalada no Soyo, província do Zaire, a fábrica encontrava-se paralisada desde 10 de Abril de 2014, tendo sido lançada uma intervenção de reabilitação na unidade.

O nível projectado de produção e processamento da unidade é de cerca de 5,2 milhões de toneladas de LNG por ano, além de propano, butano e condensados, mas a laboração foi então suspensa.

Lançado em 2007 para aproveitar o gás natural resultante da exploração petrolífera, o projecto reúne, além da Chevron (36,4%), a angolana Sonangol (22,8%), a britânica BP Exploration (13,6%), a italiana Eni (13,6%) e a francesa Total (13,6%).

A capacidade de produção da Angola LNG envolve ainda 125 milhões de metros cúbicos de gás natural para consumo doméstico e tem uma frota dedicada de sete navios tanque e três cais de carregamento.