Para além do encerramento das embaixadas e consulados-gerais, o Executivo prevê fechar 10 representações comerciais, incluindo em Portugal, indica uma proposta elaborada pelo secretário para os Assuntos Diplomáticos do Presidente da República de Angola, Victor Lima, antigo embaixador em Espanha.
O documento, citado pela agência Lusa, insere-se no âmbito do redimensionamento da rede diplomática angolana.
O encerramento de representações diplomáticas angolanas, como efeito da crise financeira que o país vive, tinha sido abordado, no final do ano passado, pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto.
"Não podemos manter embaixadas e consulados com o pessoal a passar dificuldades", disse o governante, falando à imprensa à margem da reunião do conselho directivo do Ministério das Relações Exteriores (MIREX).
O chefe da Diplomacia explicou que a medida se enquadra no processo de reestruturação do MIREX.
Os ajustes vêm sendo anunciados desde 2016, ainda sob a tutela de Georges Chikoti.
O antecessor de Manuel Augusto avisou, em Dezembro de 2016, que as dificuldades de funcionamento das representações diplomáticas de Angola poderiam forçar uma "redução drástica do pessoal externo das embaixadas" e até mesmo provocar o encerramento de algumas missões.
"Estamos a trabalhar com algumas dificuldades, por carência financeira", avançava o então chefe da Diplomacia.