No calor do ambiente político para as eleições gerais, o Ministério da Energia e Águas tinha todas as fichas no processo de transição energética, que vai absorver sete mil milhões de dólares, basicamente em centrais fotovoltaicas, quando emergiam sinais de que as empresas públicas de distribuição de água no País, sem os subsídios a preço que o Ministério das Finanças fornecia, têm a sustentabilidade em risco, estando condicionadas na missão de servir a população e satisfazer milhares de funcionários, apurou o Novo Jornal.

Trabalhadores da Empresa de Águas do Bengo sem salários há 11 meses, em 2021, e greves em Benguela, província que quase paralisou todo o sistema devido à degradação do equipamento e limitações em matéria de produtos químicos, são alguns avisos apontados.

A estas ocorrências, segundo as fontes, devem ser acrescidas as reivindicações na Empresa de Luanda (EPAL), a maior do País, secundada pela Empresa Provincial de Águas e Saneamento de Benguela, um ente que resulta da fusão das operadoras dos municípios de Benguela e do Lobito.

O decreto presidencial que dá corpo a esta estratégia, já com mais de um ano, lança bases para uma gestão sustentável, mas não há, dizem as fontes, indicadores que apontem para uma instituição "com pernas" para caminhar de forma autónoma.

As receitas provenientes das cobranças, estimadas em 300 milhões Kz mensais, não garantem o pagamento de salários a tempo e horas a cerca de mil trabalhadores, número que o Ministério das Finanças, mediante padrões internacionais, considera alto para a quantidade de ligações (consumidores).

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