"Está a correr bem, é um processo que está a ser feito pelo proprietário do terreno e até ao fim do ano devem ser realojadas todas as famílias que estão nessa área", disse Manuel Tavares de Almeida, ministro da Construção e Obras Públicas, citado pela Angop.
O Centro Político Administrativo de Luanda vai agrupar 28 edifícios ministeriais, o secretariado do conselho de ministros e 37 casas protocolares. Vai também ser dotado de um centro de convenções, um hotel, um campus judicial, um palácio da cultura, um centro de exposições e vários serviços de apoio institucional. Inclui ainda "áreas inteiramente dedicadas à iniciativa privada", como centro de negócios, prédios de apartamentos, hotéis, restaurantes e zonas de lazer.
Os custos da empreitada do futuro " Bairro dos Ministérios" não foram relevados, mas, segundo Manuel Nunes Júnior, esta estrutura "virá reduzir os avultados recursos financeiros" que o Estado gasta com os actuais edifícios, inclusive privados.
"Os edifícios onde hoje funcionam os vários departamentos que constituem o executivo angolano estão dispersos pela capital e muitos deles funcionam em espaços privados, o Estado despende avultados recursos financeiros pela utilização desses edifícios", disse o governante.
"Muitas vezes não ajustados e preparados para acomodar instituições e serviços públicos, muitos desses imóveis estão degradados e sem regras de eficiência, inovação e desprovidos de condições tecnológicas exigidas. Trata-se de uma situação que era preciso alterar", salientou.
Para Manuel Nunes Júnior, a parceria público-privada utilizada para a edificação da empreitada, como forma de financiamento de despesas públicas por meio da iniciativa privada, é a "mais viável em situações de restrições orçamentais" que o país vive.
"Numa altura em que o nosso executivo envida esforços no sentido da consolidação fiscal, precisamos de encontrar soluções que não contribuam para o aumento do endividamento do Estado", indicou.
Em situações de "restrições orçamentais temos de ser suficientemente imaginativos para resolver os problemas de financiamento dos problemas públicos que se nos colocam", defendeu.
O governante lembrou, no entanto, que os resultados das parcerias público-privadas apenas serão positivos "caso seja assegurado um conjunto de mecanismos essências à sua implementação, sobretudo no que respeita à remoção dos riscos inerentes" a este tipo de financiamento.
O período de amortização dos investimentos será de 7 anos referiu o ministro da Construção e Obras Públicas angolano, Manuel Tavares de Almeida, sem avançar prazos para o início das obras.
Sobre o início das obras, o ministro explicou que os prazos "vão depender da resposta do sector privado, "é um projeto que apela à participação do investimento privado, financiamentos e depende muito da resposta desse sector".